Seguidores

13 de fevereiro de 2013


Desculpe minhas amiga dos Blog.
Estive um bom tempo ausente, por que estou fazendo um tratamento muito puxado.
Na realidade fiquei muito triste quando recebi a noticia que teria que fazer um aborto,  após isso fiquei sabendo a verdadeira causa do aborto, e estou aqui  para escrever e alertar sobre esta doença chamada de “ Útero Mola”.

ESTE TEXTO É DESTINADO PACIENTE E A TODOS QUE DESEJAREM SABER O QUE É NEOPLASIA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL. ELABORAÇÃO E PATROCÍNIO PELO INSTITUTO ROY HERTZ, ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL, SEM FINS LUCRATIVOS.

 MOLA

O que é MOLA ?

- Mola Hidatiforme, cujo nome científico é Doença Trofoblástica Gestacional, é uma gravidez, só que ANORMAL. Uma de suas principais características é o crescimento exagerado da placenta.
Qualquer mulher sadia, durante o período em que há possibilidade de engravidar (aproximadamente entre 12 e 50 anos), pode ter mola. Normalmente o óvulo da mulher é fecundado por espermatozoide do homem e, desta união, surge a criança e a placenta (que alimenta a criança durante a gravidez).
Caso ocorra alguma anormalidade nessa união, pode ocorrer a mola. É por isso que chamamos a mola de gravidez anormal. Quando uma mulher suspeita estar grávida, geralmente faz algum teste de gravidez. Este, normalmente é feito através da dosagem de um hormônio produzido pela placenta, o hCG.

Se a mola é uma gravidez, então ela também produz hCG

- Sim. Só que, como já foi dito, a mola é uma gravidez anormal e uma das suas principais características é o crescimento exagerado da placenta. Sendo assim, os níveis de hCG no sangue da mulher com mola estarão, geralmente, muito acima do valor dito normal.

Mas com o que se parece a mola ?
- Com o crescimento exagerado da placenta, ocorre uma transformação dela em numerosas bolhas, cheias de líquido, que chamamos de vesículas. Estas vesículas, quando reunidas, lembram “cachos de uva” ou pequenas “bolhas” com líquido claro.
Existem, basicamente, dois tipos de mola : a mola completa e a mola parcial.
Na primeira, a mais comum, não há a formação da criança nem do saco que a protege durante a gravidez. Somente surge e cresce a placenta.
Já na mola parcial, menos comum, existem evidências da formação da criança ou de tecidos a ela relacionados. Isto não significa que, obrigatoriamente, existirá criança, à ocasião do diagnóstico. Tal possibilidade pode ocorrer e, também, a gravidez evoluir até o fim. Entretanto, não é o que ocorre mais frequentemente, e quando ocorre, a criança pode apresentar alguma anormalidade.
A mola pode ser encontrada também em abortos, gravidez nas trompas e, até mesmo, após gestações normais. Isto exige que qualquer material obtido do corpo da mulher, que resulte de abortos (seja espontâneo ou provocado) ou de cirurgias, seja obrigatoriamente examinado em laboratório .
Uma vez comprovada a existência da mola, torna-se indispensável retirá-la do útero. A melhor maneira de fazer isto é através da vácuo-aspiração, que é uma cirurgia semelhante a curetagem uterina só que realizada por um aspirador, sendo mais segura, fácil e eficiente.
A mola, maioria das vezes (80%), cura espontaneamente após ser retirada do útero. Outras, entretanto, cerca de 20%, ao invés de curar torna a crescer, podendo até penetrar nas paredes do próprio útero, quando é chamada de MOLA INVASORA. Em alguns casos a mola pode se soltar de dentro do útero e se alojar em outros lugares do corpo como pulmões, cérebro, fígado, vagina entre outros lugares menos comuns. Portanto, após a retirada da mola é necessário submeter-se a rigoroso acompanhamento para saber se a mola tende a cura ou não.

Então, MOLA é câncer ?
- Não!!!Porém raríssimos casos, nos quais a mola invasora não é tratada, pode ocorrer uma transformação maligna da mola, constituindo câncer, chamado de Coriocarcinoma.
Em geral os Hospitais e Casas de Saúde não possuem aspirador para retirar a mola. Por este motivo as pacientes com mola, geralmente, são encaminhadas para Centros Especializados onde existem os recursos necessários para tratar estes casos. Cada capital brasileira tem seu Centro Especializado. Em Brasília só o hospital HRAN oferece o tratamento. 





Como saber se é mola ou gravidez normal?
- No início, por ser a mola uma gravidez, os primeiros sinais e sintomas são aqueles encontrados no início de toda gestação : suspensão da menstruação, inchaço nos seios, enjoos, vômitos, etc. Às vezes, estes sinais e sintomas podem ser um pouco mais intensos que o normal. Além destes, existem outros sinais e sintomas que muitas vezes são característicos e levam o médico a suspeitar de mola mais facilmente.
• Enjôos e vômitos incontroláveis, levando a paciente ao emagrecimento;
• O útero fica mais amolecido do que na gestação normal e seu tamanho é maior que o esperado para idade da gravidez, calculada pela data da última menstruação;
• Ausência de sinais relacionados ao feto (partes fetais, movimentos e batimentos do coração, etc.) nos casos de mola completa, principalmente;
• Ovários aumentados de volume, sob a forma de cistos, que podem causar dor na barriga;
• Estado de intoxicação do organismo: elevação da pressão arterial, inchaço nas pernas e perda de proteína pela urina;
• O sangramento vaginal é o sinal presente na quase totalidade dos casos e tem características próprias.
Geralmente não é acompanhado de dor, sendo seguido, algumas vezes, da saída de pedaços de mola (vesículas).Além disso, nos primeiros meses de gravidez pode aparecer como um tipo de “borra de café”, tornando-se, em seguida, abundante a tal ponto capaz de causar queda da pressão arterial. Caso haja eliminação de vesículas o útero, antes aumentado de tamanho, pode diminuir. Porém, de modo geral, o sangramento é pequeno, mas persistente por dias, semanas ou até mesmo meses.

Então, se eu sangrar durante a gravidez, é porque tenho MOLA?

- Não. O diagnóstico de mola é confirmado através dos sinais e sintomas que a mulher tem e também com o auxílio de alguns exames solicitados pelo médico. Os principais são :
• Dosagem do hCG – Não só no diagnóstico, por estar com seus valores mais altos do que o normal como já foi dito, mas também no acompanhamento da mulher com mola. Uma vez retirada a mola do útero as taxas de hCG tendem a diminuir; caso isto não ocorra, a mola pode haver penetrado na musculatura do útero, tornando-se invasora (mola invasora) ou estar em alguma outra parte do organismo da mulher que não o útero.
• Ultra-sonografia – Permite afirmar, quase com absoluta certeza, que existe mola. Graças à ultra-sonografia o diagnóstico de mola é feito mais precocemente, não permitindo que muitas mulheres com mola tenham hemorragias abundantes como antigamente. A ultra-sonografia permite diferenciar a mola completa da parcial e avaliar, a presença ou não, de cistos nos ovários, comuns em pacientes com mola, devido à estimulação pelas altas taxas de hCG.
A ultra-sonografia é também muito útil durante o acompanhamento da mola, confirmando o seu desaparecimento de dentro do útero, avaliando a diminuição dos cistos dos ovários e identificando partes do útero que foram invadidas (mola invasora).
Pode-se ainda, utilizar técnica moderna de ultra-sonografia chamada Dopplerfluxometria que ajuda, ainda mais, no acompanhamento da mola invasora ou da forma maligna da mola (Coriocarcinoma).
• Exame histopatológico (exame microscópico no laboratório de anatomia-patológica dos tecidos retirados do útero) – É este exame que dará certeza absoluta do diagnóstico de mola. Algumas vezes a ultra-sonografia mostra imagens semelhantes à mola, porém, sua presença será somente confirmada através do exame histopatológico.O inverso também pode ocorrer, ou seja, a ultra-sonografia mostra imagem semelhante a um aborto comum e é através do exame histopatológico que a mola será diagnosticada. Por isso, todo material retirado do útero deve ser analisado.
• Rx dos pulmões – Este exame é solicitado na primeira consulta do acompanhamento e visa a descobrir lesões da mola à distância (metástase pulmonar), já que é no pulmão que lesões se localizam com mais frequência. Outros exames poderão ser solicitados pelo médico, segundo a necessidade.
• Outros exames – Conforme a complexidade do caso poderá haver necessidade de solicitar exames mais sofisticados :
Histeroscopia (que “olha” o útero por dentro), verificando a presença de restos da mola ou de lesões não diagnosticadas por outros exames;
Laparoscopia (“olha” a barriga por dentro), principalmente o útero, os ovários e o que esta em volta deles;
Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética.

O médico falou que eu tenho MOLA.E agora ?
- Uma vez diagnosticada a mola, deve-se fazer a sua retirada do útero. Este processo é geralmente feito através da vácuo-aspiração, mais segura, rápida e eficiente do que a curetagem. Às vezes, principalmente em locais que não dispõem de aparelhos para aspiração, o esvaziamento pode ser feito pela curetagem, porém, devendo ser realizado por médico acostumado a tratar pacientes com mola. Existem alguns casos em que as pacientes não necessitam ser submetidas a qualquer procedimento, pois o próprio organismo coloca a mola totalmente para fora do útero.
Eventualmente, úteros muito grandes, contendo grande quantidade de material molar, deverão ser esvaziados em duas etapas com intervalo de, pelo menos, sete dias entre elas. Isto se torna necessário para evitar anemia aguda provocada por hemorragias abundantes, comuns nestes casos. Quando a hemorragia for muito intensa e difícil de controlar, tal problema pode ser resolvido através da retirada cirúrgica do útero (histerectomia).
Os cistos ovarianos não necessitam tratamento pois regridem espontaneamente, ao mesmo tempo em que se processa a cura da mola.

O que devo fazer depois da retirada da MOLA ?

- Após o esvaziamento uterino, a mulher deverá ser acompanhada semanalmente em ambulatório especializado, onde será feito exame ginecológico, retirada do sangue para dosar o hCG e, caso necessário, serem solicitados outros exames (que já foram listados anteriormente).
O ponto importante do acompanhamento é a dosagem do hCG. Havendo três dosagens negativas seguidas, o acompanhamento prosseguirá com intervalos de duas semanas e, assim permanecendo, mensalmente, até completar seis meses após o primeiro resultado negativo. A este processo se dá o nome de Cura Espontânea. Como já foi dito, uma pequena parcela de mulheres com mola evolui de forma complicada. Estas complicações podem ser evidenciadas quando as taxas do hCG não diminuem, isto é, permanecem iguais em três dosagens seguidas ou aumentam, e quando o tecido molar invadir à distância outros órgãos (metástases) .Tal situação impõe tratamento obrigatório :
• Se a mulher não desejar mais filhos e tiver pelo menos 35 anos (principalmente acima dos 40 anos, quando o risco de complicação é maior) pode-se preferir tratamento cirúrgico : Histerectomia total, conservando os ovários.
• Se jovem e querendo filhos dá-se preferência ao tratamento medicamentoso : Quimioterapia.

QUIMIOTERAPIA!?!?Que horror !!!

- Realmente assusta, mas após explicação detalhada o medo desaparecerá.
Quimioterapia é tratamento com remédios, cuja finalidade é destruir o tecido molar impedindo, deste modo, o seu crescimento e a invasão de outros órgãos sadios.
No caso da mola hidatiforme, a quimioterapia é feita através de injeções no músculo ou na veia por períodos de 5 a 8 dias, que chamamos de séries. Geralmente, nos casos iniciais da doença, uma única série pode ser suficiente. Mas, outras vezes, há necessidade de repetir várias séries para poder chegar à cura definitiva. Em algumas ocasiões especiais, após várias séries dos remédios, os níveis de hCG voltam a aumentar, as metástases podem não diminuir de tamanho, assim como o útero também pode continuar aumentado. Isto significa que a mola não está respondendo aos remédios usados, ou seja, ocorreu resistência a um determinado remédio.
Em tais casos os médicos pensam em mudar a quimioterapia, trocar os remédios ou mesmo acrescentar outros.
De qualquer forma, os intervalos entre as séries de quimioterapia devem ser de 7 dias, no mínimo, e 14 dias, no máximo, sendo que antes, durante e após o uso dos remédios é necessário fazer exames para avaliar as células que defendem o organismo, as que ajudam na coagulação do sangue e avaliar também o funcionamento do fígado, pois estes são os setores do organismo que mais sofrem com a ação dos remédios quimioterápicos.
Como os medicamentos usados no tratamento da mola são tóxicos e podem afetar o organismo da mulher de modo mais ou menos intenso, eles devem ser usados exclusivamente pelo médico, de preferência que trabalhe em centro de referência para a doença. É importante lembrar que, algumas vezes, há necessidade de internação hospitalar antes, durante e/ou após cada série de quimioterapia.
Embora possa causar intoxicação, as pacientes com mola devem entender que este tratamento é a única forma possível, segura e eficaz de conduzir à cura. Em casos em que a intoxicação é muito intensa e há alterações importantes dos exames de laboratório, o tratamento pode ser interrompido até que a paciente fique, novamente, em condições para prosseguir com a quimioterapia.
Sendo assim, as séries de quimioterapia serão mantidas enquanto as taxas de hCG não baixarem e, em alguns casos, poderão ser mantidas até pouco tempo depois de negativarem.

Como eu posso saber se estou com intoxicação pela quimioterapia ?

- A intoxicação causada pela quimioterapia pode ser evidenciada pela diminuição das células de defesa, da coagulação ou alteração da função do fígado (vistos no exame de sangue), feridas na boca, sangramento digestivo, queda dos cabelos, coceira em todo o corpo, olhos amarelos, perda de peso, enjôo, vômitos, diarréia e descamação da pele.

Não tem jeito, vou ficar careca! E para sempre!

- Não é assim.A intoxicação não é obrigatória, pode ocorrer ou não.Depende do remédio usado, da sua quantidade, do número de séries e da saúde da pessoa.E quando ocorre a intoxicação, geralmente, ela desaparece com o fim da quimioterapia, inclusive a queda dos cabelos, que voltarão a crescer normalmente, ficando até mais bonitos.

ATENÇÃO!!!

Quaisquer dúvidas que você tenha após ter lido o ABC da “MOLA”, procure alguém da equipe médica ou de psicólogos para esclarecimento. 


 
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...